O Transtorno do Espectro Autista (TEA) demanda intervenções terapêuticas baseadas em evidências científicas, realizadas por profissionais capacitados e atualizados. No entanto, na prática da saúde suplementar e pública, gestores enfrentam um obstáculo recorrente: como manter equipes terapêuticas permanentemente qualificadas, diante de um cenário que exige conhecimentos complexos, abordagens interdisciplinares e constante atualização?
Neste artigo, exploramos por que a capacitação profissional é uma das maiores dores enfrentadas por gestores e, mais do que isso, como ela pode se tornar um diferencial estratégico na qualificação do cuidado.
Apesar dos avanços na divulgação científica, ainda há uma lacuna considerável entre o que as evidências recomendam e o que é praticado no cotidiano clínico. Muitas equipes atuam com base em formações fragmentadas, cursos pontuais ou metodologias não validadas.
Principais desafios enfrentados pelos gestores:
A capacitação profissional não é apenas uma exigência ética: ela impacta diretamente nos desfechos clínicos e no bem-estar da criança, da família e da equipe. Estudos demonstram que intervenções realizadas por profissionais bem treinados, especialmente em abordagens como Análise do Comportamento Aplicada (ABA), Denver e modelos naturalísticos, apresentam maior eficácia e aderência.
Benefícios diretos da capacitação contínua:
A formação contínua deve fazer parte da estratégia institucional, e não ser tratada como algo opcional ou emergencial. Algumas boas práticas para gestores:
Equipes bem formadas são a base de qualquer intervenção qualificada. Ao investir de forma estruturada na capacitação profissional, os gestores não apenas ampliam o impacto terapêutico, mas também fortalecem a cultura institucional de aprendizado, confiança e excelência.
Se você é gestor ou coordenador clínico, que tal iniciar um ciclo de formação estruturado para sua equipe? Um bom primeiro passo é promover encontros mensais para discussão de artigos científicos e casos clínicos com base em evidências. A mudança começa pela valorização do saber.