Uso de Prontuário Eletrônico Integrado em Equipes Multidisciplinares: Benefícios e Desafios no Cuidado ao TEA

O cuidado de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) exige uma atuação integrada de diversos profissionais: psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, pedagogos e médicos. Nesse contexto, o uso de prontuários eletrônicos integrados se apresenta como uma ferramenta estratégica para garantir continuidade, segurança e eficiência assistencial, especialmente na saúde suplementar, onde a fragmentação de dados ainda é uma barreira frequente.

O que é um prontuário eletrônico integrado?

Trata-se de uma plataforma digital compartilhada entre os profissionais envolvidos no cuidado, que permite registrar, acessar e acompanhar em tempo real as informações clínicas de um mesmo paciente. Em vez de registros isolados por especialidade ou papelada descentralizada, a equipe tem acesso a uma base unificada com:

  • Histórico de sessões e intervenções;
  • Avaliações diagnósticas e reavaliações;
  • Metas terapêuticas conjuntas;
  • Indicadores de progresso clínico;
  • Comunicação entre profissionais.

Benefícios para o cuidado ao TEA

  1. Maior integração entre as áreas
    Permite que diferentes profissionais alinhem seus objetivos terapêuticos, evitem sobreposição de atividades e promovam planos de intervenção mais consistentes e coordenados.
  2. Melhora na continuidade do cuidado
    Trocas de profissionais — comuns em serviços de saúde — deixam de ser um problema crítico, pois todo o histórico e plano terapêutico estão acessíveis, evitando rupturas no tratamento.
  3. Apoio à tomada de decisão baseada em dados
    Com indicadores de evolução registrados em gráficos, é possível ajustar a intensidade ou o foco terapêutico com base em evidências reais e atualizadas.
  4. Transparência com famílias e operadoras
    Relatórios personalizados, objetivos e padronizados podem ser compartilhados com pais, gestores e auditores, fortalecendo a relação de confiança e reduzindo conflitos.
  5. Facilidade em auditorias e autorizações
    Para operadoras de saúde suplementar, a existência de prontuário digital com metas claras e evolução documentada agiliza a análise de cobertura, minimiza judicializações e qualifica a avaliação técnica.

Desafios na implantação

Apesar dos benefícios, a adoção de prontuários integrados enfrenta obstáculos importantes:

  • Resistência cultural de profissionais acostumados a anotações manuais ou registros isolados;
  • Falta de padronização de registros clínicos, o que dificulta a leitura entre especialidades;
  • Necessidade de treinamento para uso adequado da plataforma, garantindo segurança da informação e linguagem técnica coerente;
  • Custos iniciais de implantação, especialmente para clínicas menores que não contam com sistemas interoperáveis;
  • Atenção à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), com exigência de controle sobre acesso, uso e compartilhamento de dados sensíveis.

Soluções e boas práticas

A escolha de plataformas especializadas como a NeuroSteps pode ajudar a superar muitos desses desafios. Ela foi desenvolvida para atender as demandas específicas de equipes que atuam com TEA, com recursos como:

  • Interface amigável e centrada no plano terapêutico;
  • Campos padronizados e flexíveis por área profissional;
  • Integração com indicadores de desenvolvimento;
  • Geração de relatórios automáticos para operadoras e famílias;
  • Mecanismos de segurança compatíveis com a LGPD.

O uso de prontuário eletrônico integrado é mais do que uma modernização administrativa — é uma ferramenta clínica que fortalece a prática baseada em evidência, promove a continuidade do cuidado e eleva a qualidade dos serviços prestados a crianças com TEA.

Ao integrar dados, integram-se também pessoas, saberes e decisões. E, nesse processo, quem mais se beneficia é o paciente. Que gestores, clínicas e operadoras possam compreender o prontuário eletrônico não como um custo, mas como um investimento em cuidado ético, eficiente e centrado na pessoa.

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